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PIONEIROS

Dionísio e Ilga Costa

Estes Pioneiros chegaram em Juina no mês de setembro de 1984

Dionísio Costa natural da cidade Veranópolis-RS e Ilga Martine Costa de Erechim - RS.  Se conhecerem ao frequentar a comunidade e eram da mesma religião, sempre que era possível iam juntos e eram vizinhos na época, foi apenas 2 anos de namoro e logo se casaram na cidade de Quilombo- SC, onde tiveram seus 5 filhos, Solange, Glória, Genesi, Leonir e Elaine.

A família soube da cidade de Juína por meio de seu cunhado Hélio Rauber, que já residia desde 1979. Então, após 5 anos tomaram a decisão de vir morar na cidade no ano de 1984. Um dos motivos de vir embora era pelo fato da região ser muita fria, até então, isso prejudicava tanto financeiramente quanto pela saúde e também por interesse de terras, onde poderia ter um novo recomeço.

Assim que tomaram a decisão, a mudança foi feita por uma carreta, o proprietário Eurilio Daleluz era conhecido por diversas pessoas por sempre realizar mudanças para este município. Na época era difícil o acesso das estradas por Vilhena e era necessário parar um certo período da noite para descanso, era em média de 8 pessoas dentro da carreta, a vinda até Juína demorou cerca de 4 dias, a chegada foi 12 de setembro de 1984 as 20 horas.

Como não havia telefone para avisar a chegada, tiveram que ir a pé até seu cunhado Hélio. Na época era necessário se comunicar por carta, só que era meses até sua chegada. Certo período, chegou na cidade um posto telefônico e como era apenas um na época, era necessário ficar em uma fila imensa e pagar um valor alto para uso, caso quisesse se comunicar com a família. 

De acordo com Ilga, os primeiros meses foram muitos difíceis, recomeçar novamente sua vida financeira em um local novo, vieram com poucos móveis pois haviam vendido grande parte para se ajustar. Como as coisas na época era de grande valor, não era fácil ter dinheiro para compra, mas quem trabalhava para fora conseguia uma renda melhor, só que era necessário ficar alguns dias longe de casa.

De acordo com Dionísio, ele chegou a trabalhar de roceiro, na colheita de arroz, café e permanecia mais de 7 dias fora e trabalhou também em garimpo onde ficou período de 15 dias para teste, por ser uma localidade úmida, fria e com muita lama, sua saúde não permitia continuar na função, pelo fato de ter sinusite isso acabou afetando e fez com que ele desistisse da vida de garimpeiro. Até porque na época a cidade na área da saúde era deplorável e tinha que buscar recurso em hospital particular.

A compra de terra foi na linha Cristo Rei, a primeira residência foi feita de madeira, mas enquanto estava sendo construída foi montado um pequeno barraco simples por 3 meses até a finalização da casa nova.

De início, Dionísio tinha uma visão que a cidade era uma localidade de mato fechado e chegava a ser estranha. Depois de certo período, a cidade foi se desenvolvendo com novas famílias e crescendo. 

A comunidade local tinha diversas pessoas chegando do Sul entre outros lugares, em apenas 2 anos se expandiu. Como a comunidade foi crescendo, todos os domingos tinha jogos de canastra e jogos de futebol, havia 3 times de futebol da linha, como era de grande quantidade então ocorria campeonato com frequência e como sempre tinha pessoas visitando o campo isso fazia que surgisse novas amizades. E foi através disso que deu início ter as festas de comunidade que frequentava cerca de 130 pessoas no baile e tendo show de gaita.

Na época a atividade econômica da família era plantio de café, houve algumas dificuldades no início, mas ao passar do tempo, ocorreu uma elevação no preço do café e através disso ajudou muito financeiramente em casa, foi em média de 10 mil pés de café plantado. Após um tempo, teve um declínio na produção e através disso parou de produzir. Logo, começou a fazer plantio de arroz e em imediato teve um bom retorno, com toda esta produção o dinheiro que tinha deu para comprar de início 3 cabeças de gado e outras coisas. Mas o que realmente deu sustento na época foi o café, que realizou a compra da chácara, onde a terra era melhor para fazer plantio.

Mesmo tendo feito o plantio de arroz, relata que foi muito complicado, pelo fato que a máquina que tinha de triar o arroz era muita alta e isso dificultava o processo de colheita. Era em média de 1 hora e triava 30 sacos de arroz, como não havia funcionários para colheita, era a família mesmo que trabalhava no processo de ensacamento. Infelizmente na época muitas famílias tiveram uma imensa perca e prejuízo nas produções, ocorreu que a cooperativa na época entrou em falência e não tinha mais como fazer a compra. Segundo Ilga relata que foi necessário dar os grãos para os animais comer, pois ninguém comprava mais e através disso acabava estragando. Com esta fatalidade, muitas famílias perderam a produtividade de alimentos. 

 Atualmente a família é produtora de poupa de frutas com firma autenticada e faz fornecimento para as empresas na cidade. Tem a criação de gado e são aposentados.

 Dionísio deixa um breve recado para a população

 “É necessário que você seja persistente com seus objetivos e também seja consciente com a vida”.

 

Confira abaixo a história em audio, vídeo e fotos da época.